Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Santa Maria é chamada, carinhosamente, como Cidade Cultura, Coração do Rio Grande e Cidade Universitária. Porém, de uns tempos para cá, ganhou outro codinome nada agradável: Cidade dos Buracos. Tudo bem que o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) tenha dado prioridade para a saúde, o que é justo, e que esteja lutando para conseguir empréstimos que totalizam R$ 78 milhões para recuperar as ruas de forma decente. Porém, tapar buracos é algo tão básico, urgente e necessário que não se pode ficar esperando pelo financiamento. Além dos danos materiais, como pneus estourados e rodas amassadas, as crateras podem colocar vidas em risco.
Prefeitura realiza tapa-buracos em estradas e ruas não-pavimentadas. Confira o cronograma
Portanto, apesar das dificuldades nos cofres públicos, enquanto o empréstimo para colocar asfalto novo nas ruas não sai do papel, seria possível, sim, tapar os buracos. Não é tão caro assim manter mais equipes e gastar um pouco a mais de massa asfáltica para manter as ruas com o mínimo de trafegabilidade. Com certeza, há como cortar verbas de outras áreas ou até gastos com CCs para comprar mais asfalto. Somos uma cidade com 280 mil habitantes e não podemos ficar dependendo de poucas equipes para tapar buracos.
FIM DO 2º SEMESTRE DO GOVERNO
Claro que a atual administração municipal recebeu uma cidade com dezenas de ruas com asfalto muito antigo e danificado, que nunca passou por uma manutenção preventiva adequada, como deveria. Porém, Pozzobom quis concorrer e ser eleito e não pode dizer que não conhecia a realidade da cidade. Além do mais, estamos chegando ao final do segundo ano de mandato de Pozzobom. E, até agora, não se conseguiu verba para, pelo menos, tapar as crateras das ruas? A atual gestão não pode usar como álibi que não teve tempo para planejar isso.